27 janeiro 2007

Ryszard Kapuscinski

Ryszard Kapuscinski
1932 - 2007
27 revoluções e 4 fuzilamentos depois

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23 janeiro 2007

R.I.P. Sapamurat Niyazov, 1940-2006




Devido à recente vaga de mortes entre figuras importantes do cenário político mundial como Saddam Hussein (ex-ditador do Iraque), Augusto Pinochet (ex-ditador do Chile) e James Brown (ex-ditador do ritmo), é mais ou menos compreensível que a morte de Sapamurat Niyazov, provocada por um cancro daltónico, tenha passado despercebida pelos media em geral. Afinal de contas, tem um nome complicado, e o Turquemenistão (a terra em que Niyazov nasceu, e o país que regeu por quinze anos) por enquanto é uma nação fraca, longe ainda de ter acabado a construção do seu exército de robôs com os quais irá eventualmente conquistar o mundo. No entanto, o NewsweakPorto acredita que será proveitoso para os seus leitores aprender quem foi Niyazov, quanto mais não seja para impressionar os amigos. Por isso, no período desde 21 de Dezembro de 2006 (data da morte de Niyazov) empenhou-se num extenso processo de pesquisa sobre o assunto, recorrendo a fontes obscuras como o Google, a Wikipedia e o Planet Rock Album Quis, os resultados do qual temos agora a honra de apresentar.


Requiem Pour Un Con – A Vida De Niyazov

Sapamurat Niyazov nasceu no dia 19 de Fevereiro de 1940. O seu pai morreu a defender o país contra os nazis e o resto da sua família pereceu num fogo. O jovem e traquinas Sapamurat foi então enviado para uma instituição de ajuda a órfãos, onde muito provavelmente terá tido contacto com o Artful Dodger, bem como um jovem Al Swearengen. Após alguns anos, foi deixado ao cuidado dum familiar distante.

Em 1962, Niyazov adquiriu, através do mercado negro, o seu primeiro disco: “Listen To Cliff!" do famoso Cliff Richard. A audição de temas como “We Kiss In A Shadow” e “Beat Out Dat Rhythm On A Drum” convenceu Sapamurat da decadência moral e estética da cultura capitalista – em consequência directa, junta-se ao Partido Comunista. Durante as décadas seguintes, Niyazov afirma-se como um político carismático, e quando em 1985 Muhammetnazar Gapurow é destituído do seu cargo de líder do Partido Comunista dos turcomanos da União Soviética devido a um escândalo (sexual?) relacionado com o algodão, é Niyazov o novo detentor do título.

Em 1991, com o colapso da União Soviética, Niyazov opta por tornar o seu adorado Turquemenistão uma nação independente, dando-lhe desde já uma constituição e candidatando-se imediatamente ao posto de presidente. Uma vez que ninguém consegue dizer não ao simpático aspecto de dono de tasca de Niyazov, este vence as eleições como único candidato, e instaura um regime de ditadura baseado no “sentimento nacional e étnico turcomano”. Alguns países e instituições internacionais refilam, mas não muito, porque sabem que se fizessem isso iam levar no focinho.

As inovações levadas a cabo por Niyazov a partir desta data e até à sua morte recente são demasiado numerosas para as listarmos todas. De certa forma, o seu currículo fala por si – afinal de contas, não é por nada que ele foi galardoado cinco vezes com o título de “herói do Turquemenistão” pelo seu próprio governo. Obviamente empenhado na educação política do seu povo, Niyazov facilitou a vida aos turcomanos baptizando vários monumentos, aeroportos e até um meteorito com o seu nome, impedindo assim que alguma vez esquecessem o nome do seu presidente. Por motivos pragmáticos, teve que abandonar a ideia de dar a todos os meses e dias da semana o seu nome, mas conseguiu solucionar este problema dando-lhes em vez disso nomes de membros da sua família, uma medida que anunciou na televisão, notando “this is for the homies that are no longer with us”. A maior honra, no entanto, foi reservada para a sua mãe, a inpronúnciável Gurbansoltanedzhe: para além do mês de Abril, o seu nome é também hoje a palavra turcomana para “pão”, o que explica as gigantescas filas à frente de qualquer padaria da nação. A nível económico, Niyazov soube tirar o maior proveito possível dos recursos naturais do seu pais – de facto, a riqueza mineral da nação até põe em causa a letra do hino nacional duma certa outra nação. A riqueza de gases naturais deu ao Turquemenistão o título de “nação privilegiada” no comércio com a União Europeia; em contrapartida, Niyazov acedeu a entrar num “diálogo sobre os direitos humanos”. Este mesmo diálogo foi conduzido através do MSN, e Niyazov demonstrou grande destreza no uso de emoticons e abreviações l33t, impressionando assim todos os representantes europeus e provocando um “ooh la la!” do membro francês.

Em 2004, uma campanha de panfletos contra Niyazov foi lançada na capital do país; apesar dos esforços das autoridades, não conseguiram suprimir de forma eficaz o dilúvio de propaganda. Tendo isto em conta, e tirando partido da moda dos “reality shows”, Niyazov decidiu despedir o seu ministro do interior e o comissário da polícia ao vivo na televisão, dizendo-lhes adeus com as palavras “não posso dizer que tenham tido grandes méritos ou feito muito para combater o crime”.

Niyazov, O Jurista

A legislação Niyazoviana começou por mostrar grandes semelhanças com os pensamentos daquele que poderá ser considerado a alma gémea de Niyazov, Eric Cartman. Assim, em 2001, baniu o ballet e a ópera, afirmando que “não pertencem à cultura turcomana” (um modo mais cortês de dizer que se trata de pandeleirice) e em 2004, proibiu os homens de deixarem crescer o cabelo e a barba, numa clara medida destinada a prevenir o aparecimento daquilo que Cartman chama de “godamn hippies”. Mas Niyazov também mostrou possuir uma faceta conservadora: em 2004, adicionou um “teste de moralidade” aos pré-requisitos necessários para a obtenção duma carta de condução, e em 2005, proibiu os vídeo-jogos por serem “demasiado violentos” para a juventude turcomana (a única excepção a esta regra verificou-se em 2006, aquando do lançamento do jogo ”Lego Star Wars II: The Original Trilogy”, dizendo Niyazov que “colocar um sombrero no Chewbacca é uma missão louvável para qualquer jovem turcomano”.)
Niyazov e Vladmir Putin, num momento nada tenso.

De destacar ainda: a proibição de discos e playback; uma moção levada a cabo em Setembro de 2006 que obrigou todos os professores da nação a escrever artigos de elogio a Niyazov (quem não os conseguisse ter publicado num dos jornais turcomanos teria que contar com a diminuição do ordenado, ou até mesmo o despedimento); e o facto dos cães não poderem entrar na capital, uma vez que estes, segundo Niyazov “têm um odor desagradável”.

”Niyazov – Homem De Letras”

Na ideologia de Niyazov, a literatura é algo para um grupo selecto de pessoas – prova disto é que mandou fechar todas as bibliotecas rurais, porque “os camponeses não lêem”. No entanto, isto não o impediu de publicar uma vasta obra, destinada a elucidar o seu povo sobre a glória da nação turcomana. Felizmente, grande parte desta obra está disponível em inglês, através do site não oficial de Niyazov (o recurso a uma página Tripod espelha de certa forma o apreço Niyazoviano pela tradição e o cepticismo perante as inovações tecnológicas.)

O ”Ruhnama” (não confundir com Rhianna, que é a gaja que canta o “Unfaithful”) é a obra principal de Niyazov, uma dissertação sobre o papel histórico dos turcomanos leccionada em todas as escolas da nação. Trata-se dum livro erudito, com um tom talvez demasiadamente rebuscado para a redacção do NewsweakPorto (não nos teríamos importado se houvesse mais imagens e piadas escatológicas). Mas a obra do homem não acaba aqui: o site disponibiliza também dois poemas, o assertivo “They Said” e o assertivo “You Are Turkmen”:

Let's, O my heart, walk my heart. Let's look around our land.

With lions in its fields, the beautiful land of Türkmen,

Now the day has come for the poor, sad, brave, men,

You are the Türkmen, with such heroes like Jelaleddin.


Let's select a thousand-winged horse

And travel praying over her plains and mountains

And seek for the ancestors who became part of them,

And You are the Türkmen which hosts 360 saints


Na poesia de Niyazov, encontramos principalmente uma forte influência da epopeia – o poeta valoriza a veia épica, a declamação dramática e o non-sequitor (”with such heroes like Jaleleddin”). Não é de negar o poder inspirador das palavras de Niyazov – quem poderia alguma vez responder a frases como ”let’s select a thousand-winged horse” a não ser com gritos de deleite?


Avançando um pouco no poema, deparamo-nos também com a influencia de Tolkien:


Oguz is your forefather, and Gorkut is your master,

Your memory is the history of the sixty ages.

Your Garagum is your table and treasure,

Your provision is blessed, you are the prosperous Türkmen.

Nesta estrofe, Niyazov tenta claramente estabelecer uma ligação entre os turcomanos e os orcs, admitindo antepassados em comum (“Oguz” e “Gorkut”), e remetendo para o laço cultural que é a prática sexual do “garagum”.

Finalmente, o site também disponibiliza uma selecção de pequenos textos de não-ficção escritos por Niyazov. Aqui, encontramos Sapamurat em todo o tipo de estados de espírto: alegre (“SAPARMURAT NIYAZOV IS CONFIDENT THAT LIFE OF TURKMEN PEOPLE WILL BECOME MORE PROSPEROUS AND MEANINGFUL”, começa em all caps o texto euforicamente titulado ”We Have Great Plans For The Future”), abatido (”It Is Very Difficult To Build A State” é nome de outro texto), festivo (“Saparmurat Niyazov Congratulates Turkmenistanees on Occasion of Ramadan”), enigmático (“We Have Sold Fundamental Issues”?) e até cândido (“"Turkmenistan Will Consider Joining Eurasian Power Energy System in Future"”.) Todas as leitores com dúvidas acerca do seu estado de honra poderão consultar ”The Honour Of Women And Girls”, e quem quiser material de leitura recheado de suspense irá certamente deleitar-se com ”We Will Investigate The Coup Attempt In Strict Compliance With The Law”.

Sapamurat Niyazov está morto, Ringo Star vive. Olá, 2007.





“Ruhnama”
bibliotecas, textos escolares

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15 janeiro 2007

Crítica Cinematográfica: Body Rice

Um tema interessante aliado a um bom cartaz e a uma primeira abordagem feita pelo suplemento cultural Y sobre o primeiro filme (e possivelmente último) do jovem Hugo Vieira da Silva levou os repórteres da Newsweak-Porto, acompanhados de F.O. Dias da F.O.Dias Cinemagique, a deslocarem-se à sala única do cine-estúdio do Teatro do Campo Alegre.

A trama situada no início dos anos 90, bem no meio do nascimento da "Rave Culture", seria o pano de fundo à acção , prometendo assim este ser não só um filme, mas também um documentário histórico.

A fé em que o jovem cineasta, que tal como os repórteres cresceu com séries de culto como Transformers, Masters of the Universe ou Chiquitittas, se preocupasse com os mais ínfimos pormenores da sua primeira curta metragem, bem como a vontade de ignorar três críticos de cinema do Público pela fraca classificação atribuída a este filme ("dispensável"), logo se desmoronou após a entrada na sala de cinema com 5 minutos de atraso.

Um surto de vontade de sair da sala assolou mentes e espíritos dos repórteres quase imediatamente depois de se instalarem no confortável cine-estúdio do Seiva Trupe. A razão estava no ecrã: uma rapariga que descia de elevador com um ar febril, parando em todos os andares, eyeliner esborratado (ou simplesmente olheiras descomunais) e má performance.

No entanto, e conscientes que a desistência está destinada aos fracos, oprimidos e aos maus críticos que depois são gozados pelos próprios criadores, os repórteres decidiram permanecer na sala, apesar da referida cena antever aquilo que se iría prolongar por 2 horas .

A ausência de dialogo, actores do presente ou passados casts de Morangos com Açúcar (uma série cheia de grandes talentos, de resto) e as várias flaws temporais que se encontravam durante o filme (alguém se lembra do Chipicau ou do Guaraná Brasil em 1991?), fez-nos perceber que este era montado pelo realizador no Windows movie maker do seu laptop Tsunami durante os tempos de loading da sua Playstation (o que justificaria os sons do Tekken enfiados a martelo e ao mais puro acaso durante a película.

Durante o filme os repórteres mantiveram um silêncio imaculado, sem trocarem ideias, para não estragar o espectáculo a uma série de “sophistos” que viam o filme de modo bastante compenetrado. Possivelmente é um deles que assina um dos dois comentários no site do Cinecartaz, falamos, claro, daquele em que se lê "há planos e raccords do outro mundo. O talento é imenso", para mais à frente acabar com uma referência aos famosos "Cahiers" o que imediatamente o torna no cliente típico da loja de culto Por Vocação. O segundo comentário é mais cínico, mas também mais acertado e pode-se ler que o realizador, Hugo Viera da Silva tem "uma visão seca, pobre e estéril da condição humana" e que retrata "personagens sem substância". Nós gostaríamos de acrescentar que as personagens de Body Rice além de inexistentes, só podem ser mesmo apelidadas de pura paisagem. O primeiro filme do jovem artista português só é cinema a espaços.

Após o intervalo, e quando se aperceberam que a reacção geral da sala era semelhante à sua, os repórteres passaram uma divertida segunda parte do filme , onde podiam à vontade criticar de forma bem humorada as cenas nonsense projectadas, que pareciam saídas de uma adaptação da Europa de Leste de Sketches dos Monty Pyton.

Apesar da análise contextual da obra levar às mesmas conclusões, a simples inclusão de temas dos óbvios Joy Division, fez-nos perceber que Hugo Vieira da Silva é uma pessoa estagnada nos anos 90 e que até considera Ian Curtis um tipo fixe, gostando de ouvir Kurt Weill aos domingos no seu Mercedes táxi branco onde transporta k7's dos Throbbing Gristle.

No entanto, nem tudo em Body Rice será tão sombrio e negativo como até aqui se fez parecer.
As cenas de raves estavam bem caracterizadas, recriando o ambiente empoeirado vivido
não só no Alentejo como no Reino Unido e na Alemanha. O guarda-roupa também está bem conseguido e a própria banda-sonora, sem ser mortalmente original, encaixa bem no contexto.

A inclusão da cena em que o jovem português pergunta ao seu amigo alemão apreciador de boa música se tem algum disco de Metallica na sua colecção fez as delicias dos presentes ao representar as falhas culturais de uma geração através deste quase-insulto inocente. Hugo Vieira da Silva teria bastante mais sucesso se explorasse terrenos como este. Com um tema que tem tanto de interessante como de pouco explorado e com o budget suficiente para recriar satisfatoriamente aquele universo, Hugo Vieira da Silva bem que poderia abandonar os delírios onanísticos e concentrar-se em filmar um guião com mais de 4 páginas.

Uma nota final, e porque o nosso objectivo também é informar, para as duas nomeações que Body Rice recebey no Festival Internacional de Locarno, arrecadando Hugo Vieira da Silva o prémio de menção especial por, dizem, "explorar novas expressões cinematográicas". É interessante visitar a página de Body Rice no IMdB onde descobrimos que o título português é "O Céu Que Nos Impede" e que houve uma pessoa a dar um "perfect 10" a Body Rice - provavelmente Hugo Vieira da Silva.



Em suma, uma tentativa falhada de mostrar um retrato físico de uma época tão rica, resultando numa montagem de paisagens ao acaso pinceladas de escassas linhas de diálogo (justificando assim a projecção deste filme numa sala de cinema ao invés de uma galeria de arte) leva-nos a crer que o jovem Hugo gastou os seus subsídios em folhas de cânhamo usando depois os trocos para comprar pilhas para a sua máquina digital. Luzes ,câmara, acção…

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10 janeiro 2007

Quase-Grande Reportagem: Pedro Abrunhosa, o Mark Foley português?

Há algumas semanas atrás, o Newsweak-Porto obteve um testemunho de fonte fidedigna (F.O.Dias Newz Agenzie) sobre um indivíduo do sexo feminino (ou seja, uma indivídua) que teria sido assediado pelo músico Pedro Abrunhosa, também conhecido como "Prince português". No entanto, devido a problemas informáticos na redacção, o artigo não pode ser publicado a tempo e o jornal de referência 24Horas publicitou em primeira mão o blog www.denunciarabrunhosa.blogspot.com que agrega vários relatos semelhantes aos da nossa fonte. No entanto, apesar de o Newsweak-Porto ter perdido o exclusivo, achou que seria pertinente descortinar este tema aos nossos leitores.

Pedro Abrunhosa, o Rei da Pop portuguesa, é conhecido pelas sua letras que incentivam práticas sexuais promíscuas (sinónimos diriam alguns), como o famoso single "Talvez Foder". Para além disso, possui ou possuia na sua banda de escravos (sim, porque como se pode ler neste post e segundo um vizinho dos tios de um dos repórteres do NWP que já fez parte da banda, ele tem sempre um camarim separado do resto da banda) uma mulher gorda e feia. Ora, já seria de esperar que alguém assim seria um tarado e gostasse de ter as suas groupies. No entanto, como parece que aqui em Portugal os managers não se preocupam em arranjar groupies para os seus artistas, Pedro Abrunhosa teve que fazê-lo sozinho. Por isso optou por se atirar as suas fans que cairam nos seus braços e esperavam que a relação fosse para durar, o que comprova que a beleza delas é inversamente propocional a sua inteligência.

As "vitimas de assédio" são raparigas que lhe forneceram o número de telemóvel e e-mail, logo depois de serem "assediadas". Algumas chegam a ir para a cama com ele ou a trocar uns beijinhos. As que têm dois dedos de testa, como a que prestou depoimento ao NWP, simplesmente não lhe ligam e deixam andar. Como se costuma dizer "não gosta, não come" em vez de "não gosta, come, mas depois faz queixa do cozinheiro." Segundo vários especialistas na matéria, o aspecto de Abrunhosa (barbicha, casaco de peles, óculos de sol, voz suave, enfim o perfil do cliente da já extinta Maluka de Cedofeita) enquadra-se no de um tarado sexual. Durante a cobertura da sessão de autográfos dos 4Taste na Fnac de Santa Catarina (que se revelou demasiado desinteressante para se tornar notícia) os reportéres do NWP avistaram-no com um rapaz, presumivelmente seu filho. A presença do jovem, segundo a nossa dedução serviria como "cachorrinho" para ajudar no engate, bem ao estilo das comédias românticas. Esta ideia tornou-se ainda mais forte quando F.O.Dias, da F.O. Dias Paparazzi nos fez saber que aquele era o habitual terreno de caça de Abrunhosa.
Pelo que dá a entender, não se tratam de violações, nem de uso de roofies nas bebidas, apenas de engates e traições. Algumas queixas são feitas por "menores de idade", mas com idades em que já deviam ter o mínimo de juízo.

Muitos dos leitores e leitoras do blog acusam a autora de mentir, porque acham que o artista que dançava na Indústria ao som de Prince é sexy demais para ter feito aquilo que o blog acusa Abrunhosa de fazer. No entanto, o NWP sabe que estas denúncias têm o seu fundo de verdade, apesar de, por vezes, poderem ser hiperbolizadas.

Zéquinha (nome fícticio) habitante de Ponte da Barca, 13 anos, em resposta ao último post do dito blog, que compara a sociedade portuguesa a um qualquer país arabe onde o machismo é lei, afirma que se alguma vez tivesse hipóteses de "papar" alguma das Delirium ou a "Palmela Andersen", faria um blog a gabar-se e não a denunciar a "violadora". Isto, claro está, se soubesse usar a Internet.

Impõe-se neste contexto citar outros músicos, mais concrectamente o conjunto 2 Live Crew e o seu clássico "Me So Horny":

(...)
Girls always ask me why I fuck so much
I say 'what's wrong baby doll with a quick nut?'
Cause you're the one and you shouldn't be mad
I won't tell your mama if you don't tell your dad
I know he'll be disgusted when he sees your pussy busted
Won't your mama be so mad if she knew I got that ass?
I'm a freak in heat, a dog without warning
My appetite is sex cause me so horny
(...)
You can say I'm desperate, even call me perverted
But you say I'm a dog when I leave you fucked and deserted
I'll play with your heart just like it's a game
I'll be blowing your mind while you're blowing my brains
(...)

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